Drawdown Máximo vs Perda Máxima em Mesa Proprietária: Entenda a Diferença

Por Equipe LVL Trading

5 de novembro de 2025

Se você está começando em mesas proprietárias ou já opera há algum tempo, provavelmente já viu os termos “drawdown máximo” e “perda máxima” nos regulamentos. A primeira vista, parecem sinônimos. Mas não são. E confundir os dois pode custar sua conta.

A diferença não é só técnica, é prática. Traders perdem contas todos os dias porque não entendem como o drawdown se comporta em relação ao melhor resultado do dia. Outros se surpreendem quando a plataforma encerra operações automaticamente, mesmo com saldo positivo acumulado.

Neste artigo, você vai aprender exatamente como funciona cada limite, ver exemplos numéricos reais dos planos LVL e descobrir estratégias de gestão de risco para operar dentro das regras sem surpresas desagradáveis.

O Que É Perda Máxima em Mesa Proprietária

A perda máxima é o limite mais simples de entender. Ela representa o valor máximo que você pode perder desde o início da sua conta, seja no simulador de avaliação ou na conta real.

Quando você contrata um plano, a perda máxima já vem definida. Por exemplo, no plano LVL Start FastTrack, a perda máxima é de R$ 1.200. Isso significa que, a partir do momento em que você ativa sua conta, o saldo não pode cair abaixo de -R$ 1.200 (considerando custos operacionais inclusos).

A perda máxima é fixa. Ela não se move. Se você começou com saldo zero e atingir -R$ 1.200, a conta é bloqueada automaticamente. Simples assim.

Nos planos com avaliação da LVL, a lógica é a mesma. Você precisa atingir uma meta de lucro sem ultrapassar o limite de perda máxima. Se bater o limite antes de alcançar a meta, o desafio é encerrado e você precisa fazer reset ou contratar um novo plano.

A perda máxima também representa o capital que a LVL efetivamente aloca na corretora quando você é aprovado para operar na conta real. Portanto, esse limite existe tanto para proteger você quanto para garantir a gestão de risco da mesa proprietária.

O Que É Drawdown Máximo em Mesa Proprietária

Agora vem a parte que confunde muita gente: o drawdown máximo. Diferente da perda máxima, o drawdown é um limite dinâmico. Ele se ajusta automaticamente conforme você obtém lucros durante o pregão.

O drawdown mede a diferença entre o melhor resultado do dia (topo) e o pior resultado após esse topo (fundo). Nos planos FastTrack da LVL, o limite de drawdown equivale ao valor da perda máxima do plano.

Vamos usar um exemplo prático para clarear:

Você contratou o plano Start FastTrack (perda máxima de R$ 1.200). Começou o dia com saldo zero. Durante a sessão, você lucra R$ 1.500. Neste momento, esse R$ 1.500 vira o “topo” do dia.

A partir daqui, o sistema calcula automaticamente o “fundo de segurança”. Como o limite de drawdown é R$ 1.200 (igual à perda máxima), o seu fundo de segurança passa para R$ 300 (R$ 1.500 – R$ 1.200).

Se o resultado cair para R$ 300 ou menos, a diferença será de R$ 1.200 e a plataforma encerrará automaticamente todas as suas operações no dia. Mesmo que você ainda esteja com saldo positivo acumulado, o drawdown intradiário foi violado.

O drawdown é calculado diariamente e reinicia no próximo pregão. Então, se você fechou o dia anterior com R$ 1.500 de lucro acumulado, na abertura do próximo dia o drawdown recomeça do zero. O histórico de topo e fundo não carrega de um dia para o outro.

Drawdown Dinâmico: Como Funciona na Prática

O termo “dinâmico” significa que o drawdown acompanha seus melhores resultados ao longo do dia. Cada novo topo estabelece um novo piso de segurança.

Vamos detalhar outro cenário para fixar o conceito:

Situação inicial:

  • Plano: Start FastTrack
  • Perda máxima: R$ 1.200
  • Drawdown máximo: R$ 1.200
  • Saldo inicial do dia: R$ 0

Evolução intradiária:

09h30: Você abre uma operação e lucra R$ 400.

  • Topo do dia: R$ 400
  • Fundo de segurança: -R$ 800 (R$ 400 – R$ 1.200)

10h15: Outra operação bem-sucedida. Saldo sobe para R$ 900.

  • Novo topo: R$ 900
  • Novo fundo de segurança: -R$ 300 (R$ 900 – R$ 1.200)

11h00: Você toma um stop. Saldo cai para R$ 600.

  • Topo continua: R$ 900 (não mudou, porque foi o melhor resultado)
  • Fundo de segurança continua: -R$ 300

11h45: Mais uma operação positiva. Saldo vai para R$ 1.500.

  • Novo topo: R$ 1.500
  • Novo fundo de segurança: R$ 300 (R$ 1.500 – R$ 1.200)

14h00: Sequência de stops. Saldo desce para R$ 400.

  • Topo continua: R$ 1.500
  • Diferença: R$ 1.500 – R$ 400 = R$ 1.100 (ainda dentro do limite)

15h30: Mais um stop. Saldo cai para R$ 250.

  • Diferença: R$ 1.500 – R$ 250 = R$ 1.250
  • Drawdown violado! A plataforma encerra automaticamente as operações.

Perceba que, mesmo com R$ 250 de lucro no dia, você foi interrompido porque a oscilação intradiária ultrapassou o limite de R$ 1.200 a partir do melhor resultado.

Diferenças Práticas: Perda Máxima vs Drawdown

Agora que você entendeu os conceitos isoladamente, vamos colocá-los lado a lado para destacar as diferenças críticas:

Perda Máxima:

  • Limite fixo desde o início da conta
  • Não se move com seus lucros
  • Calculada em relação ao saldo inicial
  • Se ultrapassada, a conta é encerrada permanentemente (não apenas no dia)
  • Aplica-se a todos os planos (FastTrack e Com Avaliação)

Drawdown Máximo:

  • Limite dinâmico que se ajusta conforme você lucra
  • Acompanha o melhor resultado do dia
  • Calculado pela diferença entre topo e fundo intradiário
  • Se violado, encerra operações apenas naquele dia (reinicia no próximo pregão)
  • Exclusivo dos planos FastTrack da LVL

Aqui está o ponto crucial que muitos traders erram: você pode ter lucro acumulado e ainda assim violar o drawdown. A perda máxima olha para o saldo total desde o início. O drawdown olha para a oscilação dentro do dia.

Como as Regras Funcionam nos Planos LVL

A LVL opera com dois modelos de planos: FastTrack (sem avaliação) e Planos Com Avaliação. As regras de perda máxima e drawdown variam conforme o tipo escolhido.

Planos FastTrack (Sem Avaliação)

Nos planos FastTrack, você pula a etapa de avaliação e começa direto no simulador remunerado. O caminho tem duas fases:

Fase 1 – Simulador Remunerado:

  • Você já pode solicitar saques mensais (se cumprir regras de consistência)
  • Perda Máxima: Limite fixo do plano (ex: R$ 1.200 no Start). Se atingir, conta bloqueada.
  • Perda diária: limite de perda diária (25% do plano)
  • Drawdown Dinâmico: Equivale ao valor da perda máxima. Calculado diariamente pela diferença entre topo e fundo. Reinicia a cada pregão.

Fase 2 – Capital Real:

  • Após atingir 70% da perda máxima em lucro acumulado, você pode migrar para capital real
  • Na conta real, o drawdown dinâmico não existe mais
  • Aqui valem: limite de perda diária (25% do plano) + perda máxima total

Planos Com Avaliação

Nos planos com avaliação, você passa por três fases distintas:

Fase 1 – Avaliação (Simulador):

  • Precisa atingir meta de lucro sem ultrapassar perda máxima
  • Perda Máxima: Limite de reprovação. Se ultrapassar, desafio encerrado.
  • Drawdown: Não há drawdown dinâmico. Você gerencia apenas a perda máxima total.

Fase 2 – Simulador Remunerado:

  • Após aprovação na avaliação, você opera em simulador MAS já pode sacar lucros mensais
  • Mantém as mesmas regras da fase 1 (sem drawdown dinâmico),  inclusão de limite de perda diária (25% do plano)
  • Foco em consistência para migrar para capital real

Fase 3 – Capital Real:

  • Você opera com capital da LVL na corretora
  • Perda máxima fixa (sobre saldo inicial da conta real)
  • Não há drawdown dinâmico
  • Limite de perda diária de 25% do plano

Portanto, o drawdown dinâmico é exclusivo da Fase 1 dos planos FastTrack (simulador remunerado). Ele não existe nos planos Com Avaliação em nenhuma fase, nem na conta real de ambos os modelos.

Por Que Essa Diferença Importa na Sua Operação

Entender a diferença entre perda máxima e drawdown não é academicismo. Isso muda completamente a forma como você deve gerenciar risco intradiário.

Imagine que você opera scalping no mini índice. Você faz 15 operações por dia, com ganho médio de R$ 80 e perda média de R$ 60. No geral, termina o dia positivo em R$ 400.

Sem entender drawdown, você pode cair na seguinte armadilha:

Cenário:

  • Primeiras 8 operações: +R$ 800 (topo do dia)
  • Fundo de segurança: R$ 800 – R$ 1.200 = -R$ 400
  • Próximas 5 operações ruins: -R$ 300
  • Saldo atual: R$ 500 (ainda positivo!)
  • Diferença topo-fundo: R$ 800 – R$ 500 = R$ 300 (ok, dentro do limite)

Agora você decide fazer “só mais duas operações” antes do almoço. Ambas param no stop de R$ 200 cada.

  • Novo saldo: R$ 100
  • Diferença: R$ 800 – R$ 100 = R$ 700 (ainda dentro)

Você fecha o almoço, volta às 14h30 e entra em um setup que parecia perfeito. Stop de R$ 300.

  • Saldo: -R$ 200
  • Diferença: R$ 800 – (-R$ 200) = R$ 1.000 (ainda ok)

Mas aí vem a armadilha psicológica: você vê que o mercado virou contra você naquele último trade. Decide “recuperar” imediatamente. Entra em outro setup, mais agressivo, stop maior: R$ 500.

  • Saldo: -R$ 700
  • Diferença: R$ 800 – (-R$ 700) = R$ 1.500
  • Drawdown violado! Plataforma encerra operações.

Você perdeu a chance de operar no restante do dia, mesmo que houvesse setups perfeitos às 16h. Tudo porque não respeitou o drawdown intradiário.

A lição aqui é clara: em planos FastTrack, o melhor resultado do dia se torna sua nova referência. A partir dali, você tem uma “corda” de R$ 1.200 (ou o valor da perda máxima do seu plano). Se a corda esticar demais, o sistema te interrompe automaticamente.

Estratégias de Gestão de Risco para Respeitar Ambos os Limites

Agora que você domina a teoria, vamos ao que interessa: como operar dentro desses limites sem travar sua performance.

Estratégia 1: Defina um Stop Diário Pessoal Menor que o Drawdown

Não use o limite de drawdown como seu stop real. Ele é a rede de segurança da mesa, não o seu plano de gestão. Se o drawdown do seu plano é R$ 1.200, defina um stop diário pessoal de R$ 800 ou R$ 900.

Quando bater esse limite, encerre operações por conta própria. Você evita violar o drawdown e ainda preserva margem para operar no dia seguinte.

Estratégia 2: Reduza Tamanho de Posição Após o Topo

Se você atingiu um lucro expressivo no dia (ex: +R$ 1.000), considere reduzir o tamanho das próximas posições. O topo já está estabelecido, então o fundo de segurança também.

Exemplo prático:

  • Topo: R$ 1.000
  • Fundo de segurança: -R$ 200 (considerando perda máxima de R$ 1.200)
  • Você tem “apenas” R$ 1.200 de oscilação permitida

Se antes você operava com 3 contratos de WIN, passe para 2 ou 1. Proteja o lucro já conquistado e opere com menos exposição.

Estratégia 3: Respeite a Regra de 3 Stops Consecutivos

Estabeleça uma regra pessoal: após 3 stops consecutivos, pare de operar no dia. Não importa se você ainda tem margem de drawdown. Três stops seguidos geralmente indicam que você está desalinhado com o mercado ou operando emocionalmente.

Essa regra te protege de sequências catastróficas que violam tanto o drawdown quanto a disciplina operacional.

Estratégia 4: Evite Revenge Trading Após Topos

Esse é o erro mais comum: você faz R$ 1.200 de lucro logo cedo, estabelece um topo alto e depois toma dois stops seguidos que te jogam para R$ 400. A tentação de “recuperar” é gigante.

Resista. Lembre-se que o topo já está estabelecido. Cada operação adicional agora tem margem de erro menor. Se você continuar forçando, vai violar o drawdown e perder a chance de operar nas próximas horas.

Melhor estratégia: se você lucrou bem cedo e depois tomou stops que corroeram boa parte do ganho, encerre o dia. Preserve o lucro parcial e volte amanhã com a cabeça limpa.

Erros Comuns que Levam à Violação de Drawdown

Vamos listar os erros mais frequentes que observamos entre traders que violam drawdown sem entender o porquê:

Erro 1: Operar sem conhecer o regulamento Muitos contratam o plano e começam a operar sem ler as regras completas. Só descobrem que existe drawdown dinâmico quando a plataforma encerra as operações no meio do pregão.

Erro 2: Confundir drawdown diário com perda máxima total Alguns pensam que, se a perda máxima é R$ 1.200, podem perder R$ 1.200 por dia indefinidamente. Não. A perda máxima é cumulativa. O drawdown é intradiário.

Erro 3: Ignorar o topo estabelecido Você lucra R$ 800 nas primeiras operações e depois opera o dia inteiro “de boa”, sem lembrar que agora só tem R$ 1.200 de margem de oscilação a partir daquele topo.

Erro 4: Aumentar tamanho de posição após lucros Ganhou R$ 1.000 cedo e decide “acelerar”? Péssima ideia. Quanto maior o topo, menor sua margem de erro. Aumente posição apenas quando tiver certeza absoluta do setup.

Erro 5: Operar em mercado choppy após estabelecer topo Se você lucrou bem em um movimento direcional forte e o mercado entrou em lateralização, pare. Mercado choppy depois de topo alto é receita para violar drawdown com stops pequenos e frequentes.

Como a LVL Monitora e Aplica Essas Regras

A LVL utiliza sistemas automatizados integrados às plataformas Profit One e Profit Pro para monitorar os limites em tempo real. Não há intervenção manual ou “julgamento” caso a caso.

Quando você atinge o drawdown máximo, a plataforma:

  1. Encerra todas as posições abertas imediatamente (a mercado)
  2. Bloqueia novas entradas até o próximo pregão
  3. Registra o evento no sistema de compliance

No dia seguinte, o drawdown reinicia e você pode voltar a operar normalmente, desde que o saldo acumulado ainda esteja acima da perda máxima total.

Se você atingir a perda máxima (não o drawdown, mas a perda acumulada total), a conta é bloqueada permanentemente. Neste caso, você precisa:

  • Fazer reset do plano (se disponível)
  • Contratar um novo plano
  • Ou migrar para outro modelo (ex: de FastTrack para Com Avaliação)

A transparência é total. Você pode acompanhar seu saldo, perda máxima restante e drawdown intradiário diretamente na plataforma ou no Trademetria.

Perguntas Frequentes

1. O drawdown zera todo dia?

Sim. O drawdown dinâmico é calculado apenas dentro do mesmo pregão. No dia seguinte, você começa do zero, independentemente do resultado do dia anterior.

2. Se eu fechar o dia no positivo, o drawdown não importa?

Errado. Você pode fechar no positivo e ainda assim ter violado o drawdown durante o dia. Neste caso, as operações são encerradas automaticamente mesmo com saldo positivo.

3. Posso resetar a conta se violar o drawdown?

Não. A violação de drawdown encerra apenas as operações daquele dia. Você pode voltar a operar no pregão seguinte. O reset só se aplica se você atingir a perda máxima total.

4. Qual a diferença entre drawdown e stop diário?

Drawdown é a oscilação máxima permitida em relação ao topo do dia. Stop diário é um limite fixo de perda dentro de um pregão. Na LVL, o drawdown é dinâmico (segue o topo), enquanto o stop diário (25% na conta real) é fixo.

Conclusão: Transparência e Gestão de Risco Andam Juntas

Entender a diferença entre drawdown máximo e perda máxima é fundamental para qualquer trader que opera em mesa proprietária, especialmente nos planos FastTrack da LVL.

A perda máxima te protege de perdas cumulativas que inviabilizariam sua conta. O drawdown dinâmico te protege de oscilações intradiárias perigosas que podem destruir seu resultado mesmo quando você está lucrando no mês.

Ambos os limites existem por um motivo: garantir que você opere com disciplina, respeite gestão de risco e construa consistência ao longo do tempo. Traders profissionais não explodem contas. Eles gerenciam capital dentro de regras claras.

A LVL disponibiliza todos os regulamentos de forma transparente antes da contratação. Leia atentamente as regras do plano escolhido (FastTrack ou Com Avaliação), configure alertas de risco no Trademetria e opere sempre com margem de segurança.

Se tiver dúvidas sobre como os limites funcionam no seu plano específico, consulte os regulamentos oficiais no site da LVL ou entre em contato com o suporte. Transparência total, sempre.

Quer operar em uma mesa proprietária séria, com regras claras e suporte educacional?

Conheça os planos LVL e descubra como formar-se como trader profissional com capital da mesa.

 

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